terça-feira, 27 de setembro de 2011

Declaração de Rafael Nolêto sobre o seu afastamento do Jornal O Bruxo


Sigo agradecendo aos amigos

Creio que devo isso a todos os amigos que acompanham o trabalho do portal e jornal "O Bruxo". Vocês merecem um esclarecimento sobre a decisão que tomei. O que tenho a declarar sobre meu afastamento, é que todo o trabalho deve ser continuado, nada será excluído, nenhum conteúdo e nenhum blog, até mesmo porque muitos conteúdos que foram publicados pelo jornal são registros históricos do paganismo no Brasil. Como a  página do "Jornal O Bruxo - Teresina" é a mais antiga de todas, resolvi continuar a administrá-la, na medida do possível, mas agora com a colaboração dos wiccans JP e Pam Iankoski.

Todo o trabalho valeu a pena
Em relação a nomeação do novo administrador do portal, reafirmo minha confiança em relação ao trabalho do Douglas Phoenix, que dará continuidade a tudo o que vim construindo durante todo o período em que estive presente ativamente no movimento pagão. 

Pensei muito, pensei bem e resolvi, por motivos pessoais, tomar a decisão de me afastar do "ativismo pagão". Antes de mais nada, sou humano, e como humano vivo ciclos, mudanças e renovações. Neste momento, quando celebro o Equinozio di Autunno, sinto as antigas folhas e sementes secas se desprenderem da minha árvore para que possam ser levadas pelo vento do destino e brotem em outro campo. 

O rio segue seu percurso
Creio que durante todos esses anos (desde 2006) que desenvolvi ativamente atividades relativas ao movimento pagão, fiz o melhor que pude, através da publicação de informativos, livretos, vídeos, blogs, retratações para a imprensa. Me dediquei ao máximo em prol da clarificação do movimento pagão, e nesse tempo contei com a ajuda de bons e leais amigos, mas infelizmente, como o sacerdote Og Sperle (UWB) comentou, às vezes a carga fica muito pesada e temos que aliviar um pouco o peso, e é isso o que estou fazendo, dando tempo ao tempo. 

Espero que os amigos que sempre estiverem comigo, continuem torcendo pelo sucesso do trabalho no portal "O Bruxo". Como um bom aprendiz, me lanço em uma nova caminhada, mais reservada, mais pessoal, e apesar de seguir por outras estradas, sigo feliz pelos amigos que fiz, pelo que deixei construído, e pelas contribuições que deixei. A todos os amigos, um saudoso abraço, com o sincero desejo de que todos possamos aprender sempre, com mente e coração abertos.

domingo, 25 de setembro de 2011

Rafael Nolêto deixa a Administração do Jornal O Bruxo e anuncia Douglas Phoenix como Novo Administrador

Assim como todas as coisas, somos uma espiral de ciclos e constantes descontínuas, que muda a cada ciclo, como uma fênix que queima e joga suas cinzas ao mar para que possa renascer revigorada, mas nunca a mesma. Na manhã de ontem, 24 de Setembro, o neopagão Rafael Nolêto, fundador do Jornal O Bruxo, comunicou sua saída da administração de todos os blogs do Portal O Bruxo.

O Jornal O Bruxo surgiu em 2007, a partir de um pequeno folhetim esotérico, criado por Rafael, e distribuído em encontros no Piauí. Após um tempo, o folhetim ganhou uma página na web, daí então, com 4 anos de existência,  o Jornal O Bruxo se expandiu por várias regiões e circulou em vários locais, criado com o objetivo principal de difundir conhecimento e informação acerca de temas pagãos/esotéricos e afins, contando com correspondentes em cada estado e no exterior. 

Devido a motivos pessoais e profissionais, além de certas cobranças e incompatibilidade de tempo, Rafael se viu em uma situação que precisaria passar por uma mudança, uma passagem de ciclo. Tendo isso, ele comunicou a sua saída da administração do Jornal, após 4 anos de trabalho árduo. Para que o projeto criado não se finaliza-se, apesar das diversas dificuldades, Rafael concedeu a administração do Portal a Douglas Phoenix, administrador do Jornal O Bruxo Pernambuco há 2 anos e ativista pagão no estado, onde também é um dos organizadores do Encontro Social Pagão de Pernambuco (ESP®-PE). 

O novo administrador disse que é uma pena que isso esteja acontecendo, já que Rafael é uma das pessoas que vem desenvolvendo um belo trabalho no meio neopagão brasileiro, mas que pretende levar o trabalho dele adiante nesse novo ciclo do Jornal. No grupo do Jornal O Bruxo Pernambuco no facebook, o Sacerdote Og Sperle declarou sobre a notícia: “As vezes se faz necessário um encolhimento para que algo se fortaleça e ganhe mais força, expressão e visibilidade.. Tudo que cresce demais e fica apenas nas nossas costas, acaba por nos sobrecarregar, e com o tempo nos leva ao cansaço e ao desânimo”.

Rafael Nolêto continuará pertencendo a equipe do Jornal, como autor do Jornal O Bruxo Piauí. Ainda sofrendo a carência de correspondentes, o novo administrador pede que os interessados em colaborar com o projeto do Portal O Bruxo, escrevendo matérias para os blogs, entrem outras coisas, entrem em contato através do e-mail: Douglasphoenix.3@gmail.com

Esperamos que o projeto possa prosseguir crescendo e forte, assim fazemos de cada passo dado, uma corrida ao futuro.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sudanês acusado de Bruxaria é decapitado na Arábia Saudita


Um sudanês acusado de bruxaria foi condenado à morte e decapitado com uma espada nesta segunda-feira, em Medina, oeste de Arábia Saudita, anunciou o Ministério do Interior.
Abdelhamid Husein al-Feki foi declarado culpado de "praticar bruxaria e magia" proibidas no reino, indicou o ministério em um comunicado publicado pela agência oficial Spa.
Com esta decapitação, sobe para 42 o número de execuções na Arábia Saudita desde o começo do ano, segundo uma contagem da AFP e da Anistia Internacional.
Estupro, assassinato, apostasia, assalto a mão armada e tráfico de drogas são castigados com a pena capital nesta monarquia ultraconservadora do Golfo que aplica estritamente a sharia, a lei islâmica.
Fonte: Terra

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Projeto Plante uma Árvore recebe apoio da Coordenação Geral do ESP®


Ontem a noite, após uma comunicação com o Coordenador do ESP® na região Nordeste, Fred Cerdeira, e com a Coordenadora Geral do evento, Hellena Leão, o Projeto Plante Uma Árvore, lançado ontem pelo Jornal O Bruxo Pernambuco, recebeu o apoio da coordenação do Encontro Social Pagão em todo o Brasil. 

O projeto tende a estimular ações de cuidados com a natureza, através do ato de se plantar uma muda de árvore em algum local onde se possa fazer o mesmo. No mundo atual em que tanto os neopagãos quanto a sociedade em si tem se afastado dos valores ambientais vigentes, este projeto tende a religar essa consciência, mesmo em um ato tão simbólico quanto o de plantar uma árvore.

O apoio geral do ESP® estimulará a ação nos demais estados em que o evento acontece, aumentando assim sua proposta e sua confiabilidade. Pedimos que mandem fotos para o nosso Jornal, para assim publicarmos todas as ações. As fotos podem ser enviadas para o e-mail: Douglasphoenix.3@gmail.com

Participe você também desse projeto!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

IV Caminhada pela Liberdade Religiosa toma Copacabana

Em um texto escrito exclusivamente para O Jornal O Bruxo Pernambuco, Ricardo Marques (RJ) conta tudo o que aconteceu na IV Caminhada pela Liberdade Religiosa, promovida pela Comissão de Combate a Intolerância Religiosa (CCIR)

Trios enlouquecidos e seguranças nervosos dão o ritmo da IV Caminhada. Neste domingo, dia 18 de setembro, aconteceu na orla de Copacabana, a IV Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. Em um ambiente harmônico entre os participantes, a caminhada correu como devida, começou na hora certa, e terminou na hora certa. Muita confraternização entre as religiões e entre os religiosos, o Brasil provou mais uma vez que é possível conviver respeitando as diferenças. Muçulmanos abraçando judeus, católicos tirando fotos com bruxos, candomblecistas conversando com umbandistas e protestantes, budistas, devotos de krishna, santo daime, espíritas, bahaí’s, ciganos, ateus e muito mais.

Esta IV Caminhada estava fadada ao pleno sucesso, se não fosse os motoristas nervosos dos trios elétricos que parecia quererem estragar a festa com um atropelamento imprudente, sem falar nos seguranças grosseiros. Percebemos que os artistas da Caminhada, que são os religiosos, ficaram em segundo plano, e por conta disso tudo, muitas pessoas foram para a casa antes mesmo da metade da Caminhada. A comunidade wiccana reclamava de não conseguirem ouvir uma música pagã até o final, já que as mesmas sempre eram interrompidas na metade, ao passo que todas as outras músicas tocavam do começo ao fim.

Segundo o Sacerdote Millennium, faltou motivação no grupo pagão e Cheguei agora da IV caminhada em defesa da Liberdade Religiosa e uma melhor organização. “Particularmente gostei de ver a ALA wicca crescendo, revi velhos conhecidos, foi muito legal. Do ponto de vista de evento, apesar de alcançar o objetivo, achei desorganizado, caminhões de som querendo passar, desagregando os verdadeiros "artistas" do evento, ou seja, cada um de nós que lá estávamos de forma idealista.”

Embora todo este tormento, o sacerdote Millennium elogiou o sacerdote Og Sperle e a União Wicca do Brasil pelo espetacular poder de mobilização. De acordo com uma wiccan presente na caminhada, a falta de música da religião e o excesso de fala durante a caminhada, foram motivos de cansaço e dispersão de muitos. Ela mesma só ficou por saber que o Sacerdote Og Sperle teria uma fala no final da Caminhada.

Para os que ficaram até o final, o ponto alto do evento para os wiccanos, foi a fala do sacerdote Og Sperle, que foi ovacionado ao relembrar que nós bruxos e pagãos, sabemos muito bem o que é sofrer intolerância, e que por mais que os tempos e algumas atitudes não sejam as mesmas, não podemos permitir que estes tais práticas voltem. Og Sperle terminou o a sua fala agradecendo todos os sacerdotes e sacerdotisas que saíram de suas casas e trouxeram seus Covens para Copacabana. É hora de nos juntarmos e sairmos das sombras.

Este foi um escopo do que aconteceu nesta IV Caminhada, e que embora a organização do evento não tenha ajudado, a grupo de wiccanos, bruxos e pagãos aumentou e prometer ser maior ainda ano que vem.

domingo, 18 de setembro de 2011

Jornal O Bruxo PE lança o Projeto Plante uma Árvore

Este mês, no dia 21 de Setembro, é comemorado o Dia da Árvore, um dia em que nos damos conta da imensa destruição de nossas florestas e do enorme impacto que causamos ao meio em que vivemos. Data escolhida devido a chegada da Primavera, ela era antes comemorada na Festa Anual das Árvores, instituída em 1965.

Tendo em vista isso e se aproximando o Sabbat de Ostara (Roda Sul) e Mabon (Roda Norte), o Jornal O Bruxo Pernambuco lança o projeto PLANTE UMA ÁRVORE. Inspirado em um comentário feito por Marco Viscardi em nosso grupo no Facebook, o Jornal incentiva a todos que puderem que plantem uma muda de árvore em comemoração a esse dia. Tirem fotos do ação e mandem para o nosso blog através do e-mail: Douglasphoenix.3@gmail.com

Em apoio ao projeto está a equipe do Encontro Social Pagão de Pernambuco (ESP®-PE) e a equipe da Antigos Caminhos.


Participe você também desse projeto que tenta reafirmar os valores basais do Paganismo. O Pertencer a Natureza, pois afinal, Todos somos Um!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ESP-PE SETEMBRO 2011 - RECIFE ASSOMBRADO


O Encontro Social Pagão de Pernambuco (ESP®-PE) é um evento que acontece uma vez por mês trazendo palestras e debates, ao público em geral, sobre assuntos relacionados ao universo mágicko e pagão. O Encontro deste mês traz mistérios e histórias que estão entranhadas nas paredes de uma cidade que carrega grandes segredos.

A palestra que acontecerá no dia 25 de Setembro de 2011 terá como tema Recife Assombrado, que será ministrado por Victor Lira (Membro da Tradição da Lua Negra - TLN)O evento acontece às 14hs na Praça da República (em frente ao Teatro Santa Isabel), Recife. 

Quantas vezes passamos distraídos pelas ruas do Recife e não notamos o berço de mistérios que nos assombra? Histórias e mitos fantásticos, até certo ponto sobrenaturais, que até hoje são passadas com medo e curiosidade sobre as marcas que escondem encrustadas em seus tijolos. Locais como a Cruz do Patrão ou mesmo o Teatro Santa Isabel trazem histórias que guardam os mistérios destes locais e de outros mais, dentro dessa cidade que ao cair da noite revela seus mais valiosos segredos.

A pré-palestra deste mês é um debate com o tema: Dia do Orgulho Pagão; que pretende trazer a debate a escolhida data que lança a polêmica: valorização moral ou auto-afirmação desnecessária?

Aos que forem, se possível, pedimos que levem caneta e papel para eventuais anotações; e também, como é de praxe, aos que desejarem, levem comes e bebes a vontade (exceto bebida alcoólica) para uma confraternização na reunião. É pedido que cada um leve seu próprio copo a fim de evitar o uso de copo descartável. Venha e faça parte você também desse evento! 


O material de apoio da palestra já está disponível para download no link RECIFE ASSOMBRADO.

Para mais informações: esp_pe@yahoo.com.br  /  www.esppe.net


EVENTO TOTALMENTE GRATUITO

domingo, 11 de setembro de 2011

Fotos do ESP-PE Agosto 2011

O Encontro Social Pagão de Pernambuco do último mês aconteceu no último dia 28, onde teve a palestra do psicólogo e terapeuta holístico Erick Migge, que ministrou sobre a expansão da consciência e o autoconhecimento. O encontro que teve início às 14hs na Praça da República reuniu um bom número de pessoas de diferentes vertentes e curiosos de diversas formas religiosas, como protestantes e católicos, reunidos para um encontro que preserva o respeito a todas as diferenças. Por esse diverso público, esse foi tido como o encontro mais plural que já houve.

O palestrante já começou o encontro com a demonstração de um livro chamado zoom, que no faz repensar sobre o ponto de vista em que vemos as coisas ao nosso redor, além de remontar conceitos básicos não só da magia, mas dos mistérios em si, como a famosa lei hermética, tudo o que está encima está em baixo, além da abordagem sobre a Teoria dos entrelaçamentos ou mesmo um velho conceito alquímico, Um é Tudo e Tudo é Um. Para encerrar com chave de ouro, um exercício de meditação foi realizado, alcançando ótimos comentários. Fique atento para a divulgação do ESP-PE deste mês e confira abaixo as fotos do encontro (mais fotos podem ser encontradas no perfil do evento no Orkut).


sábado, 10 de setembro de 2011

Festivais Pan-Helênicos


Desde sempre, as cidades gregas realizaram festas em honra dos seus antepassados, integradas no culto político e patriótico próprio de cada pólis (cidade), um pouco à imagem das que cada família fazia também. São exemplos as célebres Panateneias, em Atenas, dedicadas à deusa Atena, as festas em honra de Ártemis, em Éfeso, ou a Hera, em Argos e Samos. Todas elas possuíam uma base eminentemente religiosa, congregadora da população da pólis em honra do seu deus, ao qual ofereciam procissões, vigílias, corridas, oferendas, preces, sacrifícios, com particular expressão no Hecatombéon (7.o mês grego), em que se distribuía a carne dos 100 bois que se sacrificavam nas festas da pólis.

Os Gregos acreditavam reconciliar-se com os seus deuses nestas festas. Construíam, para tal, templos ou santuários, como em Delfos, onde existia um oráculo à frente do qual estava uma sacerdotisa (pitonisa) afamada pelos seus dotes adivinhatórios, por todos consultada, em tempo de guerra ou de paz. Delfos, espécie de cidade santa do mundo grego antigo, adquiriu um estatuto de cidade pan-helênica, administrada por vários povos gregos que asseguravam a universalidade e a conservação dos seus edifícios religiosos. Os lugares sagrados, pan-helênicos, eram bastante disputados pelos Gregos, o que demonstra bem a importância que era dada aos festivais que neles ocorriam.

Porém, este santuário de Delfos, como alguns outros, assumia uma importância que ultrapassava a da cidade. As suas festividades estendiam-se a todos os cidadãos gregos, mesmo os das colônias mediterrânicas ou do Mar Negro: eram os chamados Festivais Pan-Helênicos. As instituições pan-helênicas tiveram uma grande importância no mundo grego antigo, criando um equilíbrio na vida social. Como em mais nenhuma ocasião, uniam as várias pólis, sendo obrigatório mesmo o cumprimento da trégua sagrada no Hecatombéon, mês dos festivais, para todos a eles se dirigirem em paz. As guerras e rivalidades eram então suspensas.

O pan-helenismo era isso mesmo - um momento de união e fraternidade grega, de apuramento da consciência helênica, cujo elemento comum era a língua e a recordação do antepassado comum. Para além desta unidade de costumes e dos aspetos de caráter religioso (cultos familiares e públicos, consulta de oráculos), os Festivais Pan-Helênicos eram enquadrados por concursos ou jogos disputados entre os representantes de cada uma das várias cidades do mundo grego. Estas celebrações desportivas revestiam-se sempre, acima de tudo, de um caráter religioso, a cujos códigos se cingiam estreitamente, fiscalizados e dirigidos que eram por sacerdotes e magistrados especializados.

Concursos e provas atléticas, poéticas, musicais, representações dramáticas, canto e dança reuniam, em várias cidades gregas, de quatro em quatro anos, jogos aonde acorriam concorrentes vindos de todo o mundo grego: os mais importantes jogos pan-helênicos eram os de Nemeia (ou Nemeanos), Delfos (ou Pythicos), Corinto (ou Ístmicos) e os de Olímpia (ou Olímpicos), os mais famosos, que se realizaram entre 776 a. C. e 393 d. C., embora já existissem antes. Duravam geralmente quatro dias. Havia competições de corridas de várias distâncias, lançamento de dardo e disco, pugilato, luta (com os corpos nus, untados de óleo, e os vencedores a serem cantados por poetas) e pancrácio (que compreendia as duas modalidades anteriores, mas com permissão de todos os golpes), tal como corridas de carros. 

O triunfo era coroado por um ramo ou grinalda de louros ou oliveira. A glória e o brilho da vitória eram extensíveis à cidade do vencedor, que dele recebia a reputação, o que incitava os concorrentes a dar o máximo de si próprios. As provas atléticas eram as mais apetecidas, pois estavam de acordo com a cultura do bem-estar físico e mental comum aos costumes gregos. Os outros concursos eram um complemento destas provas, que eram vistas só por homens, pois às mulheres não se reservava o direito de assistir aos jogos, embora frequentassem os festivais.

O domínio romano conferiu aos jogos um aspeto mais circense, próprio da sua cultura, entrando o espírito olímpico grego numa certa decadência, nomeadamente a partir do século II antes da era comum.Os santuários enchiam-se de gente em acampamentos improvisados, autênticos locais de intercâmbio cultural, ideológico e comercial até. Porém, recorde-se que os jogos pan-helênicos não tinham um aspeto profano, sendo sempre dedicados a deuses, nomeadamente a Zeus (em Olímpia e Nemeia), a Poseidon, deus do mar (em Corinto) e a Apolo (em Delfos). Tudo se passava numa atmosfera religiosa, sendo um momento mágico de paz e elevação do espírito helênico, apoiado em cerimônias profundas que manifestavam a vida coletiva dos Gregos. 

Apareciam assim os mistérios dos deuses, representados nestas festas também sob a forma de ritos secretos que conduziam o homem grego à sensação de bondade e imortalidade, além de fortalecer os seus códigos morais. Estes mistérios gozavam de grande prestígio e influência na mentalidade helênica. São famosos os de Elêusis, em honra de Deméter.


Fonte: 
Festivais Pan-Helénicos. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-09-10].

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Dicas Musicais: Celtic Woman

Celtic Woman é um grupo de música formado atualmente por quatro artistas irlandesas: as vocalistas Chloë Agnew, Lisa Kelly, Lisa Lambe e a violinista Máiréad Nesbitt. O repertório vai desde canções tradicionais célticas até música moderna. Até agora o grupo lançou quatro álbuns: Celtic WomanCeltic Woman: A Christmas CelebrationCeltic Woman: A New Journey, The Greatest Journey: Essential Collection e Celtic Woman: Songs from the Heart, e fizeram muitas turnês mundiais.


Celtic Woman: Songs from the heart é a quinta produção do grupo musical Celtic Woman. O show foi filmado ao vivo em julho de 2009 em "Powerscourt House and Gardens", situado no Condado de Wicklow, Irlanda. As solistas Lisa Kelly, Chloë Agnew, Lynn Hilary, Alex Sharpe e a violinista Máiréad Nesbitt foram acompanhadas pelos 6 músicos de "Celtic Woman band", por 12 integrantes do coral Aontas, 27 músicos do Irish film orchestra, por 20 integrantes do Discovery Gospel choir, por percussionistas do grupo Extreme Rhythm e por um conjunto de gaitas de fole (bagpipes).
O lançamento mundial do CD e DVD ocorreu em 26 de janeiro de 2010 e no dia 9 de fevereiro a turnê "Songs from the heart" foi iniciada em Roanoke, USA. (wikipedia)
Baixe o CD grátis no link abaixo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Governo da Austrália manda tirar dos livros didáticos as abreviaturas a.C. e d.C


O governo da Austrália mandou tirar dos livros didáticos as referências religiosas de tempo histórico a.C. (antes de Cristo) e d.C. (depois de Cristo). As abreviaturas serão substituídas por BCE (Before Common Era ou Antes da Era Contemporânea, em livre tradução), BP (Before Present ou Antes do Presente) e CE (Common Era ou Era Presente).

Um porta-voz do governo disse ao The Sun Herald que as novas abreviaturas são mais adequadas para o ensino porque são neutras, sem nenhuma conotação de credo. A substituição das nomenclaturas está prevista para começar em 2012, mas o governo poderá adiá-la -- ou já teria adiado -- por causa da forte pressão dos cristãos.

O arcebispo Peter Jensen, de Sidney, disse que a decisão é “uma tentativa absurda” de colocar Jesus Cristo fora da história. Frede Nile, um pastor de New South Wales, afirmou que se trata do “insulto final” aos cristãos da Austrália. As abreviaturas a.D. e d.C. derivam do latim Anno Domini (Ano do Senhor).
Foi o monge Dionísio (470-544) que propôs pela primeira vez a cristandade como referência histórica no calendário gregoriano ou Ocidental . Mas demorou séculos para que todos os países cristãos adotassem as abreviaturas. Portugal foi um dos últimos, em 1422, em substituição à “era de César”.

Para o novo referencial histórico, Dionísio tomou como base os cálculos que fez sobre a data de nascimento de Jesus Cristo, o Ano 1. Há matemáticos que sustentam que o monge errou nas contas, com a diferença de alguns anos. Jesus teria nascido entre 4 a 6 a.C.

Fonte: Paulolopes

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Os Simbolismos de Ganesha

Ao olharmos a imagem de Ganesha, semideus hindu, devemos procurar compreender a simbologia que ele representa, ou seja, a evolução do homem no caminho da divindade. Os hindus foram os que mais desenvolveram a arte do simbolismo sem o qual as estórias se transformam em absurdos sem sentido. 

Segundo o mito, Ganesha é filho de Shiva (representante na trindade divina da destruição e da regeneração) e foi gerado por Parvati (sua esposa) para que ele impedisse a entrada de qualquer um dentro de sua casa, sempre que Shiva se encontrasse em meditação no Himalaia. Como esses períodos de meditação duravam milênios, quando Shiva retornou, não foi reconhecido por Ganesha que não deixou que ele entrasse em casa.

Após longo combate, Shiva cortou a cabeça do filho com seu tridente. Neste momento, Parvati se aproximou e, revoltada, resolveu se afastar da existência. Shiva assustou-se porque Parvati representava a matéria, parte fundamental da criação, e propôs que faria qualquer coisa para reabilitar-se perante ela. Parvati exigiu então que Ganesha, dali em diante, fosse venerado antes de qualquer ritual. Shiva ordenou a seus guardas que lhe trouxessem a cabeça do primeiro animal que encontrassem na floresta. Ao entregarem a cabeça de um elefante, Shiva fez com que Ganesha revivesse.

Simbolicamente o elefante é bastante propício para demonstrar o caminho da evolução do homem na busca da espiritualidade e da imortalidade. O cortar a cabeça simboliza cortar as velhas idéias em busca de novos valores. As orelhas grandes do animal representam a capacidade de escutar o conhecimento, condição básica de um sábio. Sua enorme cabeça reflete a possibilidade de analisar este conhecimento. A tromba representa a discriminação entre o sutil e o mais grosseiro, a diferenciação entre o mundo material e o transcendental, pois, com ela, o elefante é capaz de arrancar uma árvore ou pegar um pequeno objeto.

Uma de suas presas quebradas demonstra a imperfeição e o fato de já ter superado a luta dos opostos, tão presente na vida do homem, a dialética do bem e do mal, da alegria e da tristeza, da vida e da morte que apenas existem em nossas próprias concepções. A barriga grande indica que Ganesha já digeriu o conhecimento e os obstáculos. Por isso ele é conhecido como o removedor de obstáculos. Afinal, o maior entrave do homem é sua ignorância.

Ele também tem sempre um dos pés levantados e o outro no chão, pois ao sábio é necessária a elevação, mas sem perder a humanidade. Aos seus pés sempre há um rato, símbolo de descontrole e da voracidade, que muitas vezes lhe serve de montaria, significando a capacidade do homem de dominar seus desejos, pois o verdadeiro sábio também tem desejos, porém eles estão sob seu controle.

A machadinha em suas mãos não pode ser esquecida, pois simboliza não só o desapego, mas também a capacidade de fazer justiça. Afinal de contas, ele é filho de Shiva (representante da destruição e da regeneração na trindade hindu) e irmão de Kartikeya (semi-deus da guerra).

Texto de Renato Antunes (Jornalista, quirólogo e astrólogo)

domingo, 4 de setembro de 2011

Wiccans não se omitem contra Intolerância Religiosa


No passado, muitas pessoas de diversas religiões foram perseguidas, torturadas e mortas, devido à intolerância religiosa. Atualmente, não vivemos mais na era das fogueiras. Mas isso não torna a intolerância menos cruel. No mundo inteiro, muitos wiccanos e pagãos sofrem preconceito e discriminação em casa, nas escolas, no trabalho etc. No Brasil, devido à pluralidade de etnias e culturas presentes, não sofremos tanta perseguição como a que ocorre em outros países, mas ela existe, mesmo que de forma velada.
Devemos nos lembrar que o nazismo também começou de forma branda, com um inocente orgulho nacionalista, mas, depois, vieram os ideais puristas, o fundamentalismo, a separação de todos os que eram "diferentes" e, finalmente, o extermínio dos mesmos. A humanidade não irá tolerar novos genocídios. Mas o preço da liberdade é a eterna vigilância. Muitas pessoas não tomam qualquer atitude quando testemunham um ato de injustiça se não forem atingidas diretamente. Entretanto, a omissão nos torna cúmplices, tão culpados quanto os criminosos.
Na religião Wicca, acreditamos que uma das maiores ilusões do mundo é a separação, pois tudo está ligado: o planeta, o meio ambiente, todos os seres vivos e nós humanos – somos todos filhos da Grande Mãe e parte de um ciclo maior, e o que atinge a um atinge a todos. Assim como a Deusa possui diversos nomes e se manifesta de diversas formas na natureza, para a religião Wicca, a diversidade é sagrada. Portanto, os wiccanos têm o dever de respeitar todas as crenças e de combater a intolerância religiosa.
Atualmente, vivemos um momento muito especial na história da religião Wicca, pois inúmeros sacerdotes e bruxos de diversos covens e tradições wiccanas aderiram à causa da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR). Muitos estiveram presentes nas últimas caminhadas e, mais ainda, estão se mobilizando para comparecer à IV Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, no dia 18 de setembro de 2011, na Praia de Copacabana - Rio de Janeiro. 
O mundo todo estará de olho em nós, e esta é uma oportunidade ímpar para marcarmos nossa presença junto à sociedade brasileira, ao lado dos diversos segmentos religiosos que dela fazem parte.

Texto de Diogo Ribeiro
Fonte: Extra Globo

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Estônia, tida como o país menos religioso do mundo, preserva os cultos pagãos

Um pesquisa feita pelo Intituto Galup, de 2009, indica que os estonianos são o povo menos religioso do mundo, segundo as estatísticas. Uma comparação foi feita com Bangladesh, onde 99% dos entrevistados responderam que a religião desempenha um importante papel em suas vidas, contra os estonianos, onde apenas 16% concordaram com essa informação.

O país lembra um típico país cristão, porém uma olhada mais atenta revela que a maior parte das pessoas que frequentam as cerimônias religiosas da Igreja Luterana de Tallinn eram turistas holandeses, que dentre as 95 pessoas presentes, apenas 15 eram estonianos. Apesar da Igreja Luterana ser a maior denominação religiosa do país, ela apenas representa 13% da população. Essa falta de interesse pelas religiões cristãs surge nas escolas, onde os alunos aprendem que o Cristianismo foi imposto no país pelos invasores dinamarqueses e germânicos, além de outros fatores.

Após desintegrada da antiga União Soviética, a Estônia, ao contrário de outros países, continuou, praticamente, com o mesmo número de pessoas religiosas. Porém a falta de ligação a igrejas tradicionais não significam que eles não mantenham sua espiritualidade bem formada. A cultura pagã do país persiste bem forte, como pode ser visto em uma floresta a 300 km de Tallinn, onde um grupo de pessoas cultuam as formas da natureza.

"Somos pagãos", diz Aigar Piho. "Nosso deus é a natureza. Você deve parar, sentar e ouvir". Membro da comunidade Maasuk, um culto pagão que venera a terra e as árvores, sem rituais pré-estabelecidos. Essas tradições, enraizadas no país podem corresponder a 50% da população que se denomina espiritualista.

Porém o arqueólogo Tonno Jonuk, especialista em religião pré-histórica afirma que tais cultos são baseados em folclore do século 19 e 20, e não necessariamente anteriores ao cristianismo. Em contrapartida, o grupo Maavalla Koda, atualmente com 400 integrantes, discorda dessas afirmações, onde também afirmam que sua organização se baseia no antigo calendário rúnico. 

Apesar das discordâncias, o resgate aos antigos cultos pagãos continua firme no país europeu e com perspectivas, baseadas na pesquisa, de que o número de pessoas com essa concepção aumente cada vez mais.

Texto de Douglas Phoenix
Matéria oficial: BBC Brasil

 
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