A crença etrusca era um politeísmo onde todos os fenômenos visíveis eram considerados uma manifestação de poder divino e esse poder foi subdividido em divindades que agiam continuamente no mundo dos homens e que podiam ser dissuadidas ou convencidas a realizarem favores nos assuntos humanos. Três formas são evidentes nos motivos extensos de arte etrusca. Uma aparece como a divindade de uma natureza nativa: Catha e Usil, o sol, Tivr, a lua, Selvans, um deus urbano, Turan, a deusa do amor, Laran, o deus da guerra, Leinth, a deusa da morte, Maris, Thalna, Turms e o popular Fufluns,o deus dos vinhedos, festivais e das manifestações folclóricas, muito ligado à cidade de Populonia.
O comando sobre esta infinidade de divindades menores era de seres superiores que parecem refletir o sistema Indo-europeu: Tin ou Tinia, o céu, sua esposa Uni (Juno), e Cels, a deusa da terra. Além do mais, os deuses romanos foram tomados por base no sistema grego e no sistema etrusco: Aritimi (Artemis), Menrva (Minerva), Pacha (Bacchus). Os heróis gregos de Homero também aparecem extensamente nos motivos artísticos.
Como os egípcios, os etruscos acreditavam na vida eterna, e a prosperidade egípcia foi ligada à prosperidade fúnebre dos etruscos. Os túmulos, em muitos casos, eram melhores que muitas casas, com câmaras espaçosas, afrescos nas paredes e mobília catacumbária. A maioria dos túmulos dos etruscos foi pilhada. No túmulo, especialmente no sarcófago, havia uma representação do cadáver quando vivo, provavelmente como queriam estar na pós-vida. Algumas das estátuas eram as mais finas e realistas da Europa de sua época. A aparência do etrusco é fácil de ser analisada pela perfeição de suas esculturas. Eles desejavam ser vistos sorrindo e íntimos com seus próximos. O meio favorito dos artistas etruscos era a terracota.
Alguns deuses: Orcus (deus do Underworld), Aminth (criança alada), Calu (deus infernal dos lobos), Chaluchasu (gigante feito de bronze), Culsu (deusa infernal das passagens), Feronia (deusa da liberdade, colheitas e viajantes), Iynx (pássaro do amor), Laran (deus da guerra), Lasas (guardiãs dos mortos: Lasa Sitmica, Lasa Achununa, Lasa Racuneta, Lasa Thimrae, Lasa Vecuvia), Malavisch (deusa dos espelhos).
Mania (deusa noturna, protetora dos reis, portadora dos pesadelos), Maris (espíritos da guerra: maris turans, marishusurnana, maris menitla, maris halna, maris isminthians), Nortia (deusa do destino e das probabilidades), Phersu (deus das máscaras), Selvans (deus das fronteiras e florestas), Tecum (deus da elite etrusca, lucomenes), Thanr (deusa dos partos dos deuses), Tuchulcha (mulher do Underworld, com cabelo de serpentes e bico de abutre, que se diverte com os mortos brincando com um jogo de tabuleiro), Vanth (guia das almas ao Underworld), Vethune (deus da Liga da Etrúria).
Fonte: SANTOS, H. M. Etruscos: história e magia. São Paulo: Ed. Magic, 1997.
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