A noite presente em nossa vida sempre nos trouxe um pouco de medo e sedução. O desconhecido, a parte oculta de nossa alma. Com o passar do tempo essa misteriosa face veio sendo considerada como habitat de seres demoníacos, maléficos, uma parte escondida que se revela revoltante e perigosa, magia negativa. Sombras negras sempre relampearam em pesadelos humanos, o medo e o mal, unidos como num pesadelo febril.
O medo de não poder saber o que está a sua volta e a insegurança de, aparentemente, estar sozinho criaram essa repulsa das trevas. A noite nada mais é que uma parte do dia, um espelho que envolve tudo em seu início enigmático e inebriante.
Uma mistura de ganância e inveja humana acabou por criar essa imagem nefasta da escuridão, onde os homens, renegando sua natureza, fizeram com que todos temessem ter um conhecimento maior a respeito do mundo que os cerca, através de torturas, mentiras, medo e submissão. Essa ocultação da verdade se deu para que as pessoas não conhecessem a magia correndo em seu corpo, para que essas não se rebelassem contra os que estavam no poder.
A bruxaria noturna, nada tem haver com o mal. “Pois os que olham para luz por muito tempo acabam ficando cegos e sendo guiados por cegos, já na noite, você precisa estudar, aprender a olhar o seu próprio interior e acender a sua própria luz diante da sua própria escuridão”. Ela é a forma de desvendar o oculto, conhecer a si mesmo e ao mesmo tempo se perder. Procurar em asas que se estendem em lagos de ordem e caos, ao mesmo tempo em que cai profundamente em si.
Criasse a luz, criasse a escuridão. Vivemos e morremos
Bruxaria noturna, vida, morte, luz, escuridão... Mistério.
- Douglas Phoenix -
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